Hoje a ordem estava sendo reestabelecida. A chuva deu uma trégua e o sol até deu o ar de sua graça. As pessoas se preocuparam em ver o noticiário antes de sair de casa e se certificaram do melhor caminho a seguir, ou optaram por permanecer em casa.
Eu, estava entediada de ficar em casa (acho so bored!), então resolvi ir ao escritório. No trajeto de casa ao metrô as cenas eram um tanto bizarras.
Muita lama nas ruas, uma quantidade absurda de sedimento que provavelmente desceu das encostas. A Jardim Botânico que na terça feira era água pura, estava lamaçal em alguns trechos e em outros uma poeira fina deixava a visão turva. Por toda a Humaitá, São Clemente e Voluntários da Pátria montinhos de terra agrupados nas laterais dessas ruas, pasmem alguns tinham ca. 1,50 de altura. A Borges de Medeiros ficou um bom período da manhã interditada para que a prefeitura drenasse um bolsão de água que teimava em não se desfazer. O trânsito estava tranquilo, a movimentação no metrô e nos ônibus estava normal, com um pouco menos de passageiros.
No centro tudo estava normal, as pessoas perambulavam frenéticas no seu vaivém cotidiano, mas nas ruas da SAARA algo não me pareceu familiar. É que a sujeira habitual que provavelmente assola àquelas ruas desde os meados de 1500 e lá vai pedrinham incrivelmente ou magicamente NÃO estava presente. É isso mesmo caro leitor, a chuva varreu e lavou as ruas da SAARA. Ah! E metade daquela gente que costuma circular por lá também não se fazia presente. Eu que mesmo no calor infernal do verão, ou debaixo da chuva, em vépera do natal e em véspera de carnaval não me importo em circular por aquela bandas (só um pouco, só às vezes quando desejo que todos os seres humanos do planeta desapareçam) pensei... Sim, não faço cerimônias para dizer e afirmar que pensei: - poxa bem que esse lugar poderia ser assim sempre!!!!
Aí tive noção de que a população carioca se habituou a conviver com a sujeira, como se ela fosse normal ou um estado natural dos locais.
Tristeza, mas é a real! É tempo de acordar pessoalzinho!